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3 erros do music marketing que você precisa parar de cometer em 2024

Estes equívocos podem estar prejudicando a sua música de chegar a mais pessoas


music marketing


Mesmo as melhores músicas do mundo podem não ter o alcance desejado sem um bom marketing musical. Isso é válido para artistas em todos os níveis, mas especialmente para aqueles que ainda precisam aprimorar seu uso de ferramentas de divulgação para atingir um público significativo.


É bem verdade que artistas, hoje, se desdobram em múltiplas funções para conseguir fazer a carreira alavancar. Isso significa que muitas dessas ferramentas estão em suas próprias mãos, podendo fazer total diferença ao realizar uma bem-sucedida campanha de lançamento.


O que é um bom marketing musical?


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Mais do que nunca, trata-se de storytelling - ou seja, contar bem uma história de forma envolvente, para o público adequado, na hora certa e nos canais mais convenientes, buscando criar conexão. 


Com a crescente digitalização da indústria, o marketing musical tornou-se uma peça fundamental para alcançar e envolver os fãs. No entanto, para muitos músicos, navegar pelo complexo mundo da autopromoção pode parecer desafiador e intimidador. Neste contexto, compreender as características essenciais do bom marketing musical torna-se crucial para se destacar em meio à concorrência e construir uma base de fãs sólida e engajada.


As características de um bom marketing musical incluem:


  • Narrativa: Contar uma parte da história por trás do lançamento de forma autêntica, conectando-se emocionalmente com o público.

  • Segmentação: Identificar e direcionar a mensagem para o público-alvo certo, aqueles mais propensos a se interessar pela música.

  • Canais adequados: Utilizar os meios de comunicação apropriados para alcançar o público-alvo, seja através de plataformas de streaming de música, redes sociais, rádio, TV, entre outros.

  • Timing estratégico: Lançar campanhas de marketing e novas músicas no momento certo, considerando eventos relevantes, sazonalidade e tendências atuais.

  • Apelo visual: Criar conteúdo visual atraente que complemente a mensagem da música e ajude a destacá-la em um mar de opções.

  • Engajamento: Interagir de forma ativa e significativa com os fãs, respondendo a comentários, mensagens e feedback, criando assim uma comunidade em torno da música.

  • Mensuração: Monitorar e analisar os resultados das campanhas de marketing para entender o que funciona melhor e ajustar as estratégias conforme necessário.

  • Consistência: Manter uma presença constante nas plataformas de marketing, construindo gradualmente o reconhecimento da marca e a base de fãs ao longo do tempo.


Ao combinar essas características de forma eficaz, os artistas podem maximizar o alcance e o impacto de sua música, aumentando suas chances de sucesso no competitivo mercado musical.


Para evitar que você utilize as estratégias incorretas, o blog da Milk Music convidou três especialistas para destacarem alguns dos principais erros de divulgação e promoção de lançamentos feitos pelos próprios artistas, selos e gravadoras. 


Erro #1: Lançar música no Youtube antes das demais plataformas de streaming


music marketing youtube


É comum entre artistas independentes lançarem suas músicas no YouTube antes de disponibilizá-las em outras plataformas de streaming. No entanto, essa prática pode ter suas desvantagens.


É o que alerta Cecilia Sanches, estrategista de marketing de contas digitais da distribuidora FUGA no Brasil.


“Uma música disponível no YouTube antes de ser lançada oficialmente em todas as outras plataformas, além de poder ser vista como conteúdo exclusivo, pode não ser mais considerada como lançamento por já ter sido revelada ao público, o que pode resultar em menos oportunidades de ‘Novidades’ em outras plataformas quando eventualmente for disponibilizada”.

Sanches também destaca que essa prática, aparentemente inofensiva, pode custar ao artista sua audiência e, consequentemente, dinheiro. O recomendado é fazer uma estreia simultânea em todos os serviços de audição de música.


“Fazer um lançamento em todas as plataformas de streaming ao mesmo tempo aumenta a chance de alcançar a maior audiência potencial logo na saída do novo trabalho, aproveitando todas as oportunidades possíveis nas DSPs e a ansiedade dos fãs por novidades. Dependendo de como a música for distribuída para o YouTube (se está monetizando adequadamente, reivindicando UGC etc.), o artista pode estar perdendo receita”, Cecilia explica.

Porém, o vídeo é uma ferramenta essencial para a promoção de um trabalho musical. Ele pode - e deve - ser usado de forma estratégica. 


“Use e abuse do YouTube como ferramenta de divulgação de seu lançamento. É um ótimo lugar para conteúdos como cenas de backstage, teasers, making of etc. Mas não faça um lançamento antecipado por lá”, ela indica.

Erro #2: Usar o pre-save como única forma de engajar os fãs


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O ano de 2024 tem se mostrado como o momento de movimentar a fanbase, considerando que é ela quem banca todo o ecossistema musical. Nada de errado nisso - pelo contrário! Porém, criar buzz para um lançamento tem se mostrado um movimento pouco criativo por parte dos artistas e gravadoras, recorrendo ao bom e (já) velho pre-save como estratégia única de antecipação.


“Existem outras formas mais interessantes de engajar com seus fãs, é só gastar um pouquinho mais de tempo pensando no formato”, resume Bruno Martins, CEO da Milk Music.

Em um artigo no LinkedIn, Bruno faz um breve histórico do início do uso dessa ferramenta, com um lançamento da cantora Jade Baraldo, campanhas subsequentes para nomes como Anitta, Luan Santana, Zé Neto & Cristiano e Caetano Veloso, até chegar à exaustão do formato. 


“Com o sucesso da aplicação, entretanto, algo começou a acontecer: o efeito novidade passou. E junto com a falta de novidade, os usuários começaram a perceber que a contrapartida não era exatamente algo muito apelativo. A genialidade do pre-save, como uma forma de anunciar um novo produto e ativo principal de uma boa campanha de pré-lançamento, caiu em território comum e começou a ficar cada vez mais difícil o convencimento dos fãs. Os artistas e empresários hoje mal sabem direito como funciona e tirar melhor proveito da ferramenta. E esse é um dos males do marketing digital para artistas hoje: pouca ou nenhuma inovação, pouca ou nenhuma estratégia”, ele avalia.

A solução é menos drástica do que parece. Requer apenas criatividade e o desenvolvimento de uma rota diferente à das ferramentas já prontas. Afinal, cada artista é único, e seu público, também. Se é que já houve receita de bolo para o sucesso, hoje ela é cada vez mais difusa.


“A luz no fim do túnel, entretanto, é clara: voltar à premissa original que nos trouxe o Pre-Save, revisitar API's do Spotify (e de outras DSP's) e entender como levar uma boa experiência e contrapartida ao usuário. A fórmula é simples: fã e superfã, me dê seu e-mail e em troca te dou algo de valor (na percepção do fã). E aí, o que você tem de valor para oferecer?”, ele questiona.

Erro #3: Não se comunicar com a imprensa de forma estratégica


music marketing


Uma parte importante da missão de fazer a música chegar ao público final é por meio da imprensa especializada. No Brasil, há uma gama vasta de veículos online e de mídia tradicional que cobrem a música exclusivamente ou com bastante destaque. Alguns artistas dedicam toda a sua energia e finanças ao desenvolvimento da música, de um clipe, mas não reservam tempo e orçamento para a etapa final: ser ouvido.


Materiais simples, como fotos de divulgação e um press release, já mostram que o trabalho é levado a sério. Porém, este não é o caso para um número surpreendente de artistas que, ainda assim, batem na porta de veículos jornalísticos em busca de um espaço de divulgação. 


Isso é o que aponta Tony Aiex, editor-chefe e fundador do Tenho Mais Discos Que Amigos!, um dos principais portais de música e entretenimento do país que sempre abriu espaço para artistas independentes. Na sua caixa de entrada, há pelo menos 30 lançamentos diariamente, e a escolha do que privilegiar muitas vezes passa pela disponibilidade de bons materiais de divulgação e de uma abordagem que entende o que salta aos olhos dos jornalistas.


“O primeiro contato é pra lá de importante, e muitas vezes o jornalista ou criador de conteúdo quer muito divulgar seu trabalho, mas não tem uma imagem com qualidade legal, links funcionando, um resumo da banda/artista e mais”, ele relata. 

Detalhes fazem toda a diferença: o título do e-mail deve trazer, de cara, um gancho irresistível, um diferencial que só o trabalho daquele artista pode oferecer. Seja pela proposta inusitada, pelo título de um lançamento curioso ou pelo envolvimento de algum profissional mais renomado. Se destacar entre um mar de novidades diárias é o grande X da questão.


“Minha dica é: assim que seu trabalho estiver no ar, prepare um material bacana com opções de foto na vertical e na horizontal, um release sucinto que fale principalmente sobre o seu momento atual mas contextualize o passado no final e verifique se os links que você está compartilhando estão corretos. Além disso, mantenha suas redes atualizadas. Se você não publica nada no Facebook há meses, por exemplo, nem vale mandar o link dele pra alguém, porque pode até pegar mal!”, Tony alerta.

Um ano de muitas possibilidades


Nota-se que é preciso um pensamento cuidadoso na promoção de um lançamento musical, e que vai muito além de apenas postar a arte de capa no Instagram. Por sorte, artistas têm hoje muitas ferramentas que facilitam esse processo, desde a inteligência artificial até profissionais que auxiliam em cada etapa. 


O mais importante é que a música chegue às pessoas e cumpra seu papel de emocionar, marcar momentos e fazer parte da vida de quem a recebe. Muitas coisas mudam neste mercado, mas em 2024 é seguro dizer que isto ainda não mudou: o marketing musical ainda é a melhor maneira de criar conexões duradouras. 








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